Daria Strokous by Daniel Jackson on Vogue Portugal |
Daria Strokous by Daniel Jackson for Vogue China October 2012 |
Acho que nunca dediquei tempo ou espaço a um post sobre a Vogue Portugal. Na verdade é porque as palavras já não chegam. Já disse tudo tantas vezes que é complicado reunir tudo o que penso sobre o assunto outra vez.
Ontem estava na FNAC e reparei que estava lá a nova edição da Vogue Portugal. Peguei na revista com esperança que nem sei de onde veio (eu deixei de comprar a VP quando estava no secundário). Peguei na revista e apercebi-me que a capa não foi feita cá. Nem vou entrar por aí, e até lhes dou os parabéns por conseguirem fazer a capa de vez em quando. Não quero criticá-los pelo pouco trabalho que fazem. Eu acredito que seja extremamente difícil editar uma Vogue em Portugal para Portugueses. E devem ter diversas restrições e outro tipo de complicações financeiras, etc.
Ontem estava na FNAC e reparei que estava lá a nova edição da Vogue Portugal. Peguei na revista com esperança que nem sei de onde veio (eu deixei de comprar a VP quando estava no secundário). Peguei na revista e apercebi-me que a capa não foi feita cá. Nem vou entrar por aí, e até lhes dou os parabéns por conseguirem fazer a capa de vez em quando. Não quero criticá-los pelo pouco trabalho que fazem. Eu acredito que seja extremamente difícil editar uma Vogue em Portugal para Portugueses. E devem ter diversas restrições e outro tipo de complicações financeiras, etc.
Com a notícia que a Condé Nast vai fechar certas publicações lembrei-me de quanto tempo terá a VP. A meu ver não muito. Mas já penso isso há anos e ainda aqui estão. Mas quem sou eu se não um entusiasta que não sabe o que se passa por detrás de portas fechadas. O que sei, é que o publico alvo da VP são cabeleireiros de segunda categoria. Especialmente todo o tipo de cabeleireiros que fique no primeiro andar de um prédio.
Mas de volta ao assunto: esperança que esta edição fosse diferente. Que houvesse realmente uma evolução criativa, que houvesse conteúdo que realmente fosse interessante. Mas como a capa, toda a edição era um grande vazio. Um desperdício de papel arrisco. Não sei de onde me veio a esperança, tendo em conta que há anos que é assim. As mudanças têm sido tão mínimas que até nem se reparam. Eu reparei, mas não acho que sejam de vangloriar.
A minha missão com este post não é criticar e afundar a revista. Pelo contrário, é um mero abre olhos (eu acho que todos os que lá trabalham têm os olhos bem abertos, acho que são só preguiçosos) para todos os que contribuem para o fiasco que a revista é.
a Vogue Portugal decide celebrar 10 anos assim//Sara Sampaio by Pedro Ferreira |
Acho que o público-alvo da publicação está errado. Têm de mudar e isso envolve toda uma mudança de conteúdo. Como devem ter percebido, nos dias de hoje qualquer Zé e qualquer Maria se interessa por moda. Qualquer Zé e qualquer Maria não tem três euros para dar pela bela cara da Sara Sampaio mas dá porque quer sentir-se parte da Vogue, do business. Por dezenas de razões que todos sabemos. Mas a questão é que acaba sempre por dar. Agora, a grande diferença é que a faixa etária que a VP deveria atingir seria dos 15 aos 50. E a VP nos dias de hoje, atinge uma população bastante envelhecida dos 40 aos 50, que frequenta os tais cabeleireiros e vernissages em diversos sítios da linha de Cascais onde aproveita para sair de lá já jantada. Tirando umas excepções de moçoilas que a compram para fazer companhia ao código civil. Este é o público da VP. Não acreditam? Da próxima vez que forem ao Chiado ou à Moda Lisboa abram os olhos.
Mais Sara! |
Outra coisa importante é tirar de lá de dentro ou então fazer uma lavagem cerebral ao actual director criativo Paulo Macedo. É notório o esforço. Mas se é para copiar, que copie do melhor e não de outra Voguezeca que também tem os dias contados. Sabiam que a Condé Nast fechou a Vogue Grécia? Enfim, o director criativo não tem nada de criativo e quando dá asas à imaginação acaba com a Sara Sampaio nua ou então com um look que parece que saiu da campanha da LANIDOR. Por favor, basta sair à rua para ver o que se está a passar. Centenas de jovens têm um estilo tão próprio e autêntico que não se identifica com a Vogue Portugal. Já pensaram onde é que esses jovens procuram referências? Lê sobre moda? Não é na VP com toda a certeza.
Mais Sara! |
Enfim, o que quero dizer com isto tudo é que não é difícil fazer algo interessante. É só preciso imaginação, tendo em conta que muitos meios são facultados por ser a marca que é. A maioria das revistas portuguesas mataria para ter metade desses meios. Até a PARQ consegue criar um editorial sem dinheiro mais interessante com roupas da Oura Face da Lua e da Adidas do que a VP que pode usar e abusar de Chanel e Vuitton.
Não é a minha intenção parecer um ressabiado ou mais um a dizer como é que se faz o trabalho do outro. Eu não sei como é dirigir a VP eu só sei que o resultado é insuficiente e podia ser, a meu ver, muito melhor.
Aqui podem encontrar o meu email, tenho todo o prazer em responder a questões. Agora, por favor, pensem duas vezes antes de escolher uma imagem que não foi capa noutra revista para fazer capa da vossa. Se não foi capa noutra revista, não deve ser capa na vossa.
E os conteúdos? Ultimamente parece que estou a ler sobre tendências que seriam vanguardistas... Há dois anos atrás!!! Tipo candy colors em Janeiro deste ano :O Trágico mesmo...........
ResponderEliminarConcordo. Mas é impossível fazer uma revista para um target dos 15 aos 50. Alias os targets não se definem por idades. E sim, a Vogue portugal é uma merda. Mas se olhares para os blogs portugueses mais "famosos" também notrem das mesmas "qualidades" acima referidas. A verdade é que ainda há quem goste do mau gosto, e pior, quem compre.
ResponderEliminarPortanto a ideia é fazer material que interesse a quem? Blogueres de moda?...Quais deles?...Fiquei confuso...
ResponderEliminarA ideia é fazer material que interesse a pessoas interessadas e não a pessoas que lêem a revista para passar o tempo. Quem está interessado compra a Visão, quem quer passar o tempo compra a Maria.
EliminarPenso que o grande problema da Vogue continua a ser a falta de conteúdo original porque mais de metade da revista é toda tirada de outras edições da Vogue que foram, no fundo, criadas por outras equipas. Imagino que isto se justifique pela falta de dinheiro, entre outras coisas, mas a verdade é que também deixei de comprar a Vogue portuguesa há uns anos porque já não via interesse nela e pagar €3,50 para papel para reciclagem, não vale a pena.
ResponderEliminarCONCORDO TANTO!!!
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